domingo, 12 de agosto de 2012

Sábado, 11 de Agosto de 2012 - Veneza -> Bergamo


9º e último dia das 2ºs Férias no Asfalto (2012)!
Acordamos tarde, com alguma ansiedade e tristeza… queríamos voltar a casa para junto da Tezinha e do JP, mas ao mesmo tempo sabíamos que ficaríamos com saudades de Itália,… nunca estamos satisfeitos!
Um bom pequeno-almoço despertou-nos para a viagem. Partimos nas calmas, cerca das 10h30m da manhã, decidimos passar no Lago de Garda, talvez almoçar numa esplanada com vista para o Lago e para as montanhas a norte…

Achamos que o Lago de Garda é muito mais bonito que o de Como, pelo menos do que vimos, não só por ser maior, mas pela cor da água – azul, verde turquesa,… apetecia mesmo um mergulho e aproveitar o sol intenso… demos um passeio pela margem e surgiram duas situações engraçadas.


Primeiro vimos uma praia para cães! Sim, uma praia vedada com camas, guarda-sois, comida, água, todas as comodidades que os cães mais exigentes podiam pedir! Os donos aqui estão em segundo plano, verificam se o cão tem água, se estão à sombra, etc… depois acompanham-nos à água, levam-nos a tomar um chuveiro, etc…


Mais à frente, encontramos um serviço de aluguer de gaivotas! Toca a alugar uma gaivota, daquelas com escorrega e tudo… lá fomos nós, como crianças, passar uma hora a mergulhar nas águas frescas e transparentes de Garda. Com aquele sol, aquela água e aquela paisagem, não podíamos pedir mais… nadamos, demos às pernas, rimos, lutamos, etc… Que forma fantástica de terminar as férias!

Depois, o merecido descanso à sombra de uns pinheiros numa esplanada,… umas birras geladinhas, uma salada grega, um piadine com bresaola, uma foccacia com speck e um panine com fritatta (omolete), rúcula, queijo e cebola, fizeram as delicias de todos …

Finalmente, partimos rumo a Bergamo, como habitualmente, ouvimos os últimos sucessos da música italiana na rádio (p.e. Tu mi parti Su da Giorgia e Non Segnora Non).

Chegamos ao hotel, junto ao aeroporto de Bergamo, check-in feito, banho tomado e logo partimos para a última visita… a cidade de Bergamo é muito bonita, principalmente a parte mais antiga (cidade alta) para onde podemos subir de funicular…


Lá em cima,… um ambiente medieval, lojas de produtos típicos com muito bom gosto, bares, birrarias, enotecas, pastelarias e restaurantes ,… tudo muito agradável e com turistas diferentes dos que vimos em Roma, Florença ou Veneza… valeu a pena visitar!


Entramos numa birraria antiga onde provamos algumas cervejas caseiras com cerca de 10% de álcool a acompanhar um misto de salumi e fromaggi… depois, jantamos numa linda esplanada num terraço antigo com vistas para as traseiras de uma igrela… lindo!
Estamos a chegar ao fim, aqui ficam fotografias de nós os quatro num momento muito agradável, ao final do dia, durante o jantar em Bergamo...





A comida não fugiu ao habitual, cada um escolheu o seu prato preferido para ficar com o gosto na boca… só variamos no vinho… um Nebbiolo de Langhe (e mais não digo!)…
Voltamos cedo ao hotel, amanhã tínhamos que acordar às 4h30m para fazer as malas, deixar o carro no parque da Hertz e fazer o check-in para o voo das 6h55m…

Estamos no avião neste momento a escrever as últimas linhas deste blog das Férias no Asfalto de 2012… a mente ainda a fervilhar com as ideias e emoções dos últimos 9 dias e já pensamos nas Férias no Asfalto de 2013… Alpes? Paises Baixos? Países Nórdicos?, Europa de Leste?,… não sabemos, depois decidimos, primeiro temos que digerir bem esta Itália,… uma coisa é certa, chegamos a Portugal de barriga cheia,… em todos os sentidos!!!!
Obrigado pela vossa paciência e companhia ao longo destes 9 dias!
Deixem os vossos comentários…

Beijinhos e Abraços!

Sexta-feira, 10 de Agosto de 2012 - Bolonha -> Veneza


8º dia das férias no asfalto. Quase a terminar, passamos quase o dia todo em Veneza. É uma cidade muito especial… no meu caso, é a terceira vez que cá venho e fico sempre impressionado com a beleza e o charme desta nobre cidade… os canais, as pontes, as praças, as casas antigas e degradadas, as ruas estreitas que serpenteiam a cidade e onde nos podemos perder e ser surpreendidos ao virar de uma esquina…

Chegamos ao final da manhã a Mestre (cidade vizinha de Veneza) onde fizemos check-in e deixamos o carro estacionado, depois foi só tirar o passe de autocarro e de vaporetto e iniciar a nossa aventura por terras Venezianas!

Chegamos à única entrada terrestre de Veneza – a Piazzale Roma logo ao lado do termini de comboio. A partir daqui teríamos de caminhar atravessando o grande canal pelas pontes ou apanhar o Vaporetto… Assim fizemos, ao chegar a Veneza há uma impaciência em saltar para um barco e explorar por via marítima a cidade… a pé não é a mesma coisa, é quase vulgar, afinal qualquer cidade permite passear a pé, mas Veneza não, Veneza convida a ser descoberta pela água, Veneza convida a ser penetrada pelos seus canais grandes ou pequenos, de Vaporetto, de Taxi ou de Gondola,…

Começamos por dar a volta à ilha por fora (lado Sul), passamos ao lado dos grandes barcos cruzeiros (um deles tinha uma parque aquático com escorregas e cascatas de água, outro tinha um recinto de basquete coberto por uma rede para que as bolas não saltassem para a água).


Logo avistamos a Piazza S. Marco, a Torre, o Palácio Ducal e a Basílica… que trio! Estes três  monumentos, só por si, representam o centro de Veneza, mas optamos por seguir caminho, mais tarde voltaríamos ao epicentro turístico da cidade-ilha… seguimos viagem pelo grande canal até ao Rialto… ao avistar a ponte, lembrei-me da Ponte Vecchio de Florença e como ambas se transformaram em locais muito pouco agradáveis… turistas a mais, lojas a mais, vendedores de produtos de contrafação a mais, policias à procura de vendedores de produtos de contrafação a mais, pedintes a mais, ladrões a mais, até calor a mais,… rapidamente fugimos da  confusão e percorremos a margem do grande canal à procura de uma esplanada agradável para almoçar.


O almoço não foi digno de registo neste blog, vulgar, simples, caro,… já devíamos ter aprendido, não vale a pena procurar boa mesa onde abundam tantos turistas, presas preguiçosas ou ingénuas, logo fáceis de capturar,…


Agora sim, com as forças recuperadas, aventuramo-nos pelas ruelas da cidade a pé. Às vezes ficávamos perdidos e entravamos em becos sem saída perante um pequeno canal com uma ou duas Gondolas atracadas… lá dentro um senhor de camisola às riscas e chapéu de palha… Quanto custa um passeio de Gondola? 80€ um passeio de meia-hora, 120€ um passeio de uma hora… as respostas não variavam, estávamos perante um caso claro de cartelização das Gondolas! Ou será mesmo uma mafia que controla esta indústria? Devíamos fazer uma queixa à autoridade da concorrência, ou será a autoridade contra a concorrência? Tenho a certeza que 99% dos pedintes e vendedores ambulantes estariam dispostos a dar aos braços e navegar as Gondolas por Veneza por um décimo do preço!


Após muitas voltas, muitas praças e pracetas, ruas e ruelas, umas com esplanadas outras com poços bem tapados (não fosse um turista mais curioso espreitar, cair e descobrir os segredos mais profundos desta cidade), chegamos novamente à confusão… era a Praça de S. Marco, as pombas partilhavam o pouco espaço ainda disponível com os turistas que acabavam de chegar. Elas, pelo menos, podiam fugir voando por cima dos turistas, nós eramos alvos fáceis para os fotógrafos amadores, pedintes, vendedores de brinquedos, empregados de esplanada com excesso de zelo, etc…


Vamos fugir novamente para o Vaporetto! Seguimos pelo grande canal, sentadinhos à sombra, escondidos dentro do barco, olhando os turistas que entravam e saíam como se estivéssemos num filme, entretidos a comentar as roupas, as caras, os corpos, as expressões, as falas,… um filme dentro de um filme, eramos ao mesmo tempo espetadores e atores, todos neste majestoso cenário de Veneza, que nome dar ao filme? Turista acidental? Não, não me parece muito original e nem viemos cá parar por acidente, somos culpados e pouco ingénuos, talvez sejamos masoquistas,…

Decidimos visitar a ilha de Murano. Apanhamos outro barco e 15 minutos depois estávamos a desembarcar num ambiente mais calmo. Muitas lojas, mas muito menos turistas,… e depois, havia arte, podia não ser arte com direito a museu, mas era bela,… peças de vidro com formas e cores diferentes decoravam as montras, fábricas fechadas outras transformadas em ateliers ou ‘museus do vidro’ ou lojas,…

De repente, já cansados e com muita sede, fomos convidados a entrar num bar por uma música… um som bem alto de acordes de guitarra saíam à rua… e agarraram-me com força! Eram acordes familiares, demasiado familiares,… acordaram-me, conhecia bem aquela música, mas como reconhece-la?! Uma sensação estranha como quando vemos uma cara muito conhecida mas não nos lembramos de onde… será um ex-colega da empresa? Será um colega da faculdade? Será um vizinho antigo? Será apenas alguém com quem me cruzei uma vez no comboio há muitos anos? Será um primo afastado?... Não, esta música não era o resultado de um encontro fortuito, nem uma companhia forçada de qualquer momento vulgar, saída de um carro ou da janela de um vizinho, esta música batia cá dentro,… já estava dentro de mim,… cada acorde da guitarra acordava-me por dentro, sentia arrepios e uma lágrima espreitava o canto dos olhos,… e então surgiu a voz, uma voz melodiosa, grave, fantasticamente casada com a guitarra,… eram os Pink Floyd! Entrei, sentei-me e pedi uma birra gelada… fiquei a beber sofregamente,… a cerveja e a música,… o empregado, nos seus quarentas olhou para mim e perguntou: Gosta dos Pink Floyd? Eu olhei para ele, um sorriso rasgado, e respondi: sim, muito! E  ele comenta: são os melhores do mundo, de sempre,… e seguiu ao ritmo da música,…
Este episódio acabou por marcar minha visita a Veneza, tenho a certeza que será uma âncora, sempre que ouvir Pink Floyd vou-me lembrar de Veneza, sempre que me lembrar de Veneza  vou ouvir Pink Floyd… Mal cheguei ao hotel, descarreguei um ‘best of’ do itunes e ouvi o álbum todo com os meus auriculares, de olhos fechados,… Hey you, Money, The Fletcher Memorial, The Wall, Comfortably Numb, etc… ao fim de trinta anos, cada letra, cada acorde ressonavam na minha cabeça e no meu corpo como se tivesse voltado atrás no tempo! Interessante o efeito que a música pode ter em nós…



Regressamo a Veneza, sabíamos onde ir jantar, a Joana tinha escolhido um ristorante com esplanada aquando da primeira passagem por uma ruela. Fomos lá ter direitinhos, sentamos e pedimos,… fusili de pasta fresca (pareciam pequenos gnocchi esmagados por mãos experientes, al dente!) com melanzana e molho da mesma para mim e para a Joana, um típico tagliateli al ragù para o ZP e um spaghetti com misto de vivaldes (vongole, cozes, etc…) para a Teresa. A acompanhar um soberbo Pinot Grigio do Alto Adige,… huuummm, agora que estou no avião a caminho de casa a escrever estas linhas sei que terei de ser eu a cozinhar estas delicias italianas,… o que farei com um prazer ainda maior…
Já com a noite a cair, passeamos novamente pela Piazza S. Marco, um ambiente mais aliviado, menos turistas, música no ar,...

Voltamos ao hotel a Mestre, terminava o penúltimo dia das férias no asfalto,… o corpo cheio de quilómetros de carro, milhas de barco e milhares de passos , a mente cheia de imagens e sons, o coração cheio de emoções, as saudades da Té e do JP, pediam uma noite de sono reparadora, amanhã seria o último dia das férias,… uma viagem calma de Veneza até Bergamo, ou será que não?...
Beijinhos e abraços com saudades…

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Quinta-feira, 9 de Agosto de 2012 - Pescara -> Bolonha

7º dia das férias no asfalto... estamos na segunda parte das férias, a regressar ao norte de Itália a caminho de Veneza e Bergamo de onde partiremos no Domingo para Portugal...

Este foi o nosso dia mais calmo! O cansaço acumulado a isso nos obrigou. Uma paragem faz sempre bem, ajuda a recuperar as forças e ganhar novas perspetivas à cerca de tudo o que vimos e ouvimos ao longo de quase uma semana... e foi muito!

Acordamos fora da cidade, no topo de um monte com vistas fantásticas sobre a costa adriática! O facto de não termos ligado o despertador não alterou muito o nosso ritmo... o nosso corpo/mente é que comanda e, por volta das 9h, acordamos com um sol intenso a provocar um aumento considerável da temperatura do quarto. Saltamos da cama e fomos tomar um simples mas agradável pequeno-almoço (com bolos caseiros!).


De seguida fomos para a piscina onde ficamos até à hora de almoço. Um ambiente muito sossegado, água fresca, muito sol e pode-se dizer que foi o mais próximo do 'dolce far niente' que tanto desejavamos! Aproveitamos ainda para simular (antecipar?) o casamento da Joana num belo relvado com vistas para a costa. Eu fiz de noivo, o Zé de sacerdote e a Teresa de reporter...



À hora de almoço fizemos o check-out e partimos para mais uma praia poucos kilómetros a norte de Pescara... Mais um banho rápido num mar mais quente que nunca, mais um chuveiro e toca a almoçar noutro bar de praia... o menu? O costume!! Salada Caprese (muito boa) e para o Zé algo mais substancial - Gnoccheti al ragu! Comeu dois pratos para combater a fraqueza...




Depois de um cafézito partimos para norte, em direção a Bologna. Tinhamos marcado um encontro com uns amigos nossos que, por coincidência, estavam em Bologna nesse dia! A viagem estava a correr muito bem e, como ainda tinhamos tempo, decidimos fazer um pequeno desvio...




Fomos visitar o mais antigo e menos povoado estado Europeu... A Républica de San Marino! São apenas 60km^2 encravados na Itália, este estado criado no ano de 301 d.c. tem a constituição mais antiga (1600) do mundo! Na realidade, é um lindo e serenisso país com umas vistas muito bonitas! Valeu bem a pena este desvio de 15km da autostrada...



Ao final do dia chegamos ao hotel ainda a tempo de uma bom banho numa piscina de 50 metros. Mais um chuveirinho e fomos todos jantar no centro histórico de Bologna. É uma cidade majestosa! As praças são lindas assim como as torres (uma delas inclinada, que mania dos italianos de fazer torres tortas!). Depois de um passeio turistico apostamos num dos muitos ristorantes com magnificas esplanadas desta zona da cidade. Foi uma boa aposta... a comida não era muita, mas a qualidade era acima da média! Começamos com uma degustazione di fromaggio: gorgonzola com mel; parmeggiano reggiano com uma fantástica redução de aceto balsámico de Modena; etc... Os miúdos estrearam-se na Lasagna al Bolognese e os adultos apostaram mais nas pastas frescas com funghi, tartufos, ricottas e outras delicias... Muita cervejinha gelada (que o calor pedia) e terminamos com o habitual Limoncello e café expresso... Só a Joana comeu sobremesa, não resistiu ao sformatino de cioccolatto que estava fantástico, quase tão bom como o do Degusto!

Mais um passeio a pé numa noite de temperatura um pouco mais amena (mesmo assim acima dos 30º) e acabamos todos numa gelataria... que tentação! Afinal temos muito tempo para dietas depois das férias, quando voltarmos a Portugal!!

E foi assim, mais um dia de férias, desta vez mais calmo e sereno, com menos kilómetros e mais piscina e praia que o normal... também sabe bem o 'dolce far niente'!!!

Amanhã partimos para a última grande etapa destas Férias no Asfalto 2012 - Venezia, la città dell'amore, forse la più bella città del mondo!

Beijinhos e abraços para todos... até breve!

Quarta-feira, 8 de Agosto de 2012 - Nápoles -> Pescara

6º dia das 2ºs férias no asfalto! Já entramos na reta final das férias... mais 3 dias e estaremos a caminho de Portugal, de volta a casa... o cansaço começa a pesar, mas tem valido a pena devido a todas as experiências novas e todo o convívio que horas e horas de viagem proporcionam...

Começamos o dia com um excelente pequeno-almoço no Hotel Naples (até agora o melhor hotel em que estivemos). Precisavamos de toda a energia que conseguissemos acumular... tinhamos pela frente um grande desafio fisico... subir à cratera do Vesúvio, um dos maiores e mais perigosos vulcões da Europa!


Primeiro um pouco de história... o Vesúvio é talvez o mais conhecido vulcão do mundo e, como é normal nestes casos, pela pior das razões... em 79 d.c. entrou em ação com tal violência que limpou do mapa várias cidades ao seu redor, entre elas Pompeia... causando milhares de mortos! Só para terem uma ideia, se hoje o vulcão entrasse em erupção teria mais de 3.000.000 de pessoas ao seu alcance! Por isso é considerado o mais perigoso do mundo, não só porque tem um 'temperamento explosivo' mas também porque está numa região densamente povoada. Apesar de não estar ativo desde 1944, em toda a região há atividade vulcanica bem patente nas diversas fumarolas que, presumo, servem de válvula de escape natural.




A subida à cratera não foi dos exercícios mais dificeis que fiz. Desde o parque de estacionamento atá ao cimo são cerca de 20 minutos de subida com uma inclinação média. A Joana e o Zé aguentaram muito bem, assim como muitos velhinhos e miúdos que nos acompanharam! O mais complicado era o calor intenso e o pó que pairava no ar devido à quantidade de pessoas a descer e a subir. Umas garrafas de água fresca compradas à entrada foram de grande utilidade. Lá em cima a vista é fantástica quer para norte (Nápoles), quer para sul (Sorrento - Capri). Para dentro também é interessante pois a cratera tem uns 500 metros de diametro e uns 200 de profundidade!


Recuperadas as forças e após as fotos da praxe, iniciamos a descida que, apesar de mais fácil, deixou os pés cheios de pó e pedrinhas... mas chegamos ao carro com a sensação do dever cumprido e gratos pela experiência única!

Decidimos então avançar diretamente para a costa leste de Itália, queríamos chegar a Pescara a tempo de fazer um pouco de praia e, finalmente, experimentar o famoso mar adriático. A viagem foi calma mas, mais uma vez, com um calor excessivo (o termómetro do carro registou o máximo de 40º na autostrada). Pela primeira vez fizemos uma refeição na autostrada, num dos famosos Autogrill, e gostamos! Áreas limpas, serviço rápido e simpático assim como uma boa relação preço-qualidade!


Seguimos para a costa e acabamos por parar em Térmoli, uma vila turistica antes de Pescara. Aqui, tivemos o nosso melhor momento de praia! Água muito quente, areia fina e limpa, possibilidade de caminhar ou nadar dentro da água até uns 100 metros da costa devido às proteções artificiais criadas ao longo da costa para proteger as praias e os banhistas das ondas...

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Mais uma vez, foi muito curioso analisar o ambiente à nossa volta... uns casais de miúdos com 12/13 anos aos beijos apaixonados dentro da água (1º amor de verão?); uns jovens adolescentes a jogar à bola, com a exuberância tipica da idade, colocando uns velhinhos em pé de guerra; os vendedores ambulantes de bijouteria, roupa, óculos de sol, a passear pela praia arrastando textualmente a loja com eles e apregoando o seu produto, tentando as italianas mais vaidosas; enfim... um micro-universo tipico de filmes italianos que já não via há muito tempo! Penso até que se mantém algum romantismo por estas paragens que já terá desaparecido das praias e ruas portuguesas, ou será impressão minha?


Já o sol começava a esconder-se por trás das montanhas quando deixamos a praia rumo ao nosso hotel, um simpático hotel de montanha com vistas fabulosas sobre a costa, gerido por uma familia muito simpática e tradicional. Depois de um refrescante banho para tirar a areia e sal, descemos para um dos melhores jantares destas férias. O hotel tinha uma rosticceria que servia junto à piscina num relvado. Neste ambiente idilico, após um dia em que subimos a um vulcão, atravessamos a Itália e tivemos um final de dia de praia, este cenário de calma e frescura com a antecipação de um bom jantar era bom de mais para ser verdade, estavamos extasiados e ansiosos por nos deixarmos levar pelo convívio, pela comida e pelo vinho,...


Depois de lavar a boca com a cerveja geladinha habitual, começamos por um assaggio di fromaggio com mel e frutos secos. Depois, já acompanhado por um Montepulciano de Abruzzo, avançamos para os primi com a tradicional pasta al pomodoro e basilico para a Joana e com funghi porcini para mim (eu sei que é falta de imaginação, mas também sei que como estas tão cedo não comemos). O Zé deliciou-se com uma magnifica Tagliata sob uma cama de rucula e parmigiano, enquanto a Teresa devorou umas costeletas grelhadas de Maialo (porco). Para terminar, uma tarte de frutas frescas a dividir e, o já obrigatório, limoncello...


Nesta noite, muito cansados e um pouco 'embriagados', caímos à cama sem ligar o despertador... decidimos que mereciamos descansar e amanhã, quando acordarmos, tomamos o pequeno-almoço e vamos passar a manhã na piscina...

Beijinhos e abraços!!!