Mas, para atingirmos esse idilico estado, talvez deitados numa praia, teríamos que fazer alguns kilómetros e sair da grande metropole. Assim fizemos, após um delicioso pequeno-almoço no Yellow Bar, um bar muito retro gerido e 'habitado' por jovens estudantes, hippies, e outras espécies. O Wifi de alta qualidade garantia a presença de muitos techies pendurados nos seus mac-air ou ipads enquanto bebiam um sumo de laranja e comiam uma deliciosas 'french-toasts' com mel e banana. Nós deliciamo-nos com estas e outras iguarias (yogurtes, muesli, fruta, sumos, etc...) o Zé não deixou os seus crédito em mãos alheias e comeu uma tosta especial com ovo, bacon, ketchup, etc... Na próxima visita a Roma voltaremos concerteza ao Yellow Bar para uma bebida à noite ou para um maravilhoso pequeno almoço...
Num instante chegamos à costa, local escolhido: Terracina, uma estância de verão muito popular entre os Romanos. Longas praias de areia grossa, água bem quente e salgada e a habitual divisão entre praias concessionadas (com cama, guarda-sol, chuveiro, nadador-salvador, etc...) e praias não-concessionadas com familias inteiras (incluindo o cão) a partilhar guarda-sol, geladeira, etc... É claro que optamos pela praia não concessionada, não só pelo custo, mas principalmente para partilhar o ambiente de alegria genuina e contagiante da criançada, pais e avôs...
Umas horas de praia, debaixo de um calor intenso (próximo dos 40º) alternando banhos refrescantes com a secagem no 'espeto' e logo a fome começou a apertar (principalmente o estômago do ZP). Decidimos procurar uma praia mais calma e um bar/restaurante de praia para almoçar. Uns kilómetros para sul e encontramos o que queríamos... um bar muito agradável e a promessa (talvez instinto) de um almoço diferente...
Mais uma vez nos fizemos è estrada, desta vez o destino foi marcado pela Joana... queria encontrar o Spartacus... decidimos começar a procurar em Cápua (antiga cidade etrusca onde ocorreu a famosa revolta dos gladiadores/escravos liderada por Spartacus em 73 a.c.). Procuramos, mas não encontramos... nem na casa do lanista Batiatus nem no coliseu (já reduzido a escombros)... a Joana ficou triste mas não ficamos seduzidos 'pelas delícias de Cápua' (desta vez, procurem vocês o significado da frase)...
Partimos para Nápoles, a segunda maior cidade de Itália (se considerarmos os arredores), com os seus 2.500 anos de história é chamada por alguns 'a rainha ferída de Itália'. Para nós foi um choque! Ao entrar na cidade pelo lado do porto ficamos assustados com o transito caótico, a má educação dos condutores, as buzinadelas, as ruas esburacadas, o lixo que se acumula mesmo ao nosso lado quando paramos num semáforo... enfim uma grande confusão! Tivemos sorte com o hotel, encontramos um hotel muito novo, de 4 estrelas, muito limpo e com colaboradores muito simpáticos por um preço fantástico (obrigado booking.com), mesmo na Umberto Emanuel I, uma das avenidas mais importantes de Nápoles.
Resolvemos dar uma segunda chance à cidade e, após um banho refrescante, partimos a pé em direção à cidade vechhia... subimos por ruas esreitas e escuras (faziam lembrar a nossa ribeira) cheias de varandas com roupa, barulhos e vozes. O lixo é uma realidade triste e permanente, estou convencido que não há serviços de limpeza camarários há anos. O cheiro a urina e a fezes (dos animais?) é horrível... mas continuamos a avançar até chegar à zona mais turistica (Via dei Tribunal) onde encontramos muita oferta de pizzerias e bares (Piazza Bellini).
Cansados e já suados rendemo-nos a umas refrescantes Peroni e um assagio de fromaggio com pão.... huummm.... é impossível andar por Itália e não ceder a estas constantes tentações!!! Vero Paulo? Depois das entradas, avançamos para uma das esplanadas de uma pizzeria onde provamos a verdadeira pizza napolitana (massa fina mas não crocante, bastante tomate e mozzarella e pouco mais, num caso uns funghi noutro caso algum prosciutto cotto e olives... Ainda deu para pedir ao pizzaiolo para tirar umas fotos...
Mais uma volta pela cidade, com passagem por ruas 100% escuras... ainda pensamos que só as ruas secundárias estavam pouco iluminadas, mas ao regressar à Avenida Umberto Emanuel I ficamos aterrorizados quando vimos a avenida semi-escura, em obras (devido ao metro), com prostituição por todo o lado... enfim, fiquei com a sensação que este tipo de cidades europeias (p.e. marselha, génova, nápoles, etc...) estão submersas numa profunda crise... crise financeira (que deixa as autarquias sem meios para garantir a limpeza, segurança, etc...), crise social (com um muito elevado desemprego entre as comunidades de origem africana/arabe) e a consequente crise económica e de valores que, gradualmente, se estende ao resto da comunidade... nessa noite deitei-me a imaginar como será Nápoles daqui a 10 ou 20 anos??
Mas o cansaço venceu, blog feito e toca a dormir... amanhã vamos ver um dos maiores e mais perigoso vulcões da europa continental!!!
Beijinhos e abraços cheios de saudades... especialmente para o meu anjinho JP!
Boa ! :)) ... meio descanso também é preciso ! :))
ResponderEliminarDesafios é comigo : se calhar a Joana não encontrou o Spartacus por uma "Delícia de Cápua" ! eheh
Quem quiser que descubra porque digo isto ! ahahah
Beijinhos a todos !
(vejam se vão ao interior do vulcano ! Lembrem-se que a cada passo entra em erupção) "Investiguem" as povoações submersas pela lava ! :))
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Deixemos o vulcão para amanhã.
ResponderEliminarHá 13 anos, quando lá (Nápoles e arredores) fui pela primeira vez, aluguei um carro e fui sozinho pela cidade "dentro"... estava em Itália há apenas.... 2 semanas (de Milão...) podem imaginar o que senti.
A situação do lixo é nova, tem 4 anos, antes era “limpa” para o standard norte de Africa… , o problema não tem a ver com falta de meios e sim com poder político sobre o controlo do serviço municipal. Há ainda no meio da questão, ou será o cerne da questão, a camorra.
A cidade é de facto muito perigosa e ao mesmo tempo fascinante.
Lembro-me ter sido assaltado num dos quartieri Spagnoli, andava eu por lá sozinho, à noite, de casaco de couro e computador… (Cá Buuurrro). Vá-se lá saber como, lembrei-me de dizer que era português e amigo do VIDIGAL que na altura jogava no Nápoles. Acabaram a pagar-me um café (curtíssimo e servido já com 4 colheres de açúcar, a colher ficava de pé), aos abraços e ainda me trouxeram ao carro, sem antes me dizerem que há locais em Nápoles onde um desconhecido só poderia entrar com o Maradona… para poder sair inteiro, aquele era um deles… !
Visitei ainda catacumbas e a parte subterrânea das “várias cidades de Nápoles” que foram sendo soterradas ao longo dos tempos pelas erupções do grande gigante, o Vesúvio.
Eu não gosto da Pizza, é muito húmida e cheia de queijo. Há vários locais onde se diz ser o berço da Pizza lolololol….. malucos os Italianos. Sabe-se bem que a pizza nasceu aquando da visita rainha Margarida de Espanha (rainha de Nápoles). Ela gostava de focaccia e queriam impressioná-la com algo novo. Juntaram à focaccia de orégãos, tomate e queijo mozzarella. Ecco, nasceu a pizza Margherita !!!
:)
meus lindos.... apesar do vosso cansaço tenho a certeza que é uma viagem que jamais esquecerão! Nápoles não conheço... mas pelo que vi... não é para ficar com muita pena... heheh.... a parte dos cheiros dispenso! Adorei ver-vos nas fotos... embora apareçam pouco... :)
ResponderEliminarSaudades vossas mas muito satisfeita por se estarem a divertir. Aproveitem pois acaba depressa!
Beijo do tamanho do mundo de quem está a precisar de férias... mas está tudo bem por aqui! :)
Por isso é que eu gosto mais do Facebook pois dá para carregar mais fotos...LOL. Mas as poucas que aqui estão, estão fantásticas...depois quero ver todas...LOL.
ResponderEliminarVosso amigo Serginho pois continuo sem foto.